O terreno fica em uma area residencial no suburbio Londrino, e tinha como existente objeto de ornamentacao uma cerejeira no centro do jardim que era cercado pela uma tipica cerca inglesa chamada “close board”. Ao redor da propriedade existem belas arvores ja maduras e no fundo uma Leilandii como cerca viva que bloqueia a vista para a estrada de ferro que passa no fundo do terreno.O jardim tinha um certo ar de abandono com grama nao cortada e cercas em mal estado .Tudo isso precisaria ser modificado no projeto em algo mais contemporâneo.
O cliente queria um conceito que fosse assimetrico e que nao lembrasse os tipicos jardins ingleses, o qual foi dificil de alcançar tendo como ponto central uma cereijeira ornamental no meio do jardim. Depois de varias tentativas, o arquiteto encontrou inspiração no escultor inglês , Andy Goldsworthy e do renomado paisagista brasileiro Roberto Burle Marx.Os trabalhos destes inspiradores profissionais se harmonizaram em um unico espaço criando um sinuoso desenho usando “ slate “, grama e pedricos. O jardim foi desenhado com fortes ideias visuais, e tambem levando-se em consideração a praticidade do desenho.
No começo do terreno, o “ slate “ que circunda a grama ganha altura e tranforma – se em uma escultura em forma de serpente que e usada como banco, playground para crianças, lounger para tomar sol e que tambem divide com um unico gesto o jardim em tres espaços.
Em um dos lado do jardim, utilizou-se o pedrisco que define a passagem ao redor do jardim. Este material contrasta bem com a grama ao lado, criando uma composição abstrata que, quando vista no andar superior da residencia, fica deslumbrante.
Na parte central do jardim a cerejeira ornamental transforma-se no ponto central da composição.As folhagens mudam de coloração durante as estações, criando diferentes atmosferas com o passar do tempo. Na primavera, o chão é romanticamente coberto por petalas cor de rosa formando um carpete. No verão a árvore muda de tonalidade , em uma cor verde cinza que combina com a atmosfera tropical criado por outras folhagens como a Diksonia antartica, yuccas e palmeiras.No outono as folhagens tornam-se douradas e , o chão novamente cobre – se com o mesmo tom, enfatizando mais o desenho abstrato do jardim.No inverno, depois que as folhas caem, a escultura se revela como um objeto de arte.
Em baixo da cerejeira , projetou-se uma fonte de agua feito de pedras locais, elas são empilhadas sobre as outras e segurada por um tubo de metal de onde sai água formando bolhas de onde saem um som suave e tranquilizante deste etereo elemento da natureza.
Em volta do deck, um amplificador foi instalado atras de uma pedra ornamental com a intenção de atender o pedido do cliente que toca guitarra em suas horas vagas. Este espaço também é usado para concertos que a familia realiza durante o ano.
As plantas foram selecionadas para terem cores durante todo o ano e de baixa manutenção.O arquiteto usou muitas plantas que são esculturais e que tem boa folhagem como Diksonia antartica, Acers, Trachycarpus fortunei, yucca filamentosa, etc.As plantas rasteiras foram usadas a grama azul Festuca glauca, Liriope muscari, agapanthus africanus, zantedeschia aethiopica com suas belas flores brancas perto do conservatorio. Para complementar a composição persicaria “Superba “, Viburnum daviddi e Crocosmia lucifer foram usadas para dar interesse continuo durante o ano. Esta ultima com flores vermelhas simbolizam prosperidade para o casal. No final do jardim para dar altura ao projeto, usou-se tres Eucalyptus parvilolia em combinação com Stipa gigantea e Verbena bonariensis.
O resultado foi o esperado pelos clientes: um projeto dinâmico, sempre em movimento e onde o cruzamento entre landart e jardins se fundem em um único espaço.
Texto: Roberto Silva